Forasteiro — Diana Palmer
(Outsider — Rainhas do Romance 40 — Publicado pela Harlequin Brasil em 2010)
Colby Lane, ex-agente de operações secretas, encontrou uma ocupação como chefe de segurança de uma grande empresa. Tudo que ele quer é um novo começo, mas logo descobre que o passado jamais deixou de persegui-lo. Em pouco tempo, se vê envolvido em uma operação contra poderosos traficantes de drogas. Para completar, Sarina Carrington, a esposa que ele cruelmente abandonou na lua de mel, pode estar mais envolvida com o caso do que aparenta... E ela tem uma filha pequena que jamais conheceu o pai...
As circunstâncias da despedida de Colby e Sarina sete anos antes não foram as melhores: ele a deixara após um dia de casamento e uma noite de núpcias desastrosa para perseguir seu “verdadeiro” amor, Maureen. Ela, por outro lado, foi pressionada a abortar o bebê que esperava, mas preferiu a miséria a cometer aquele crime.
Colby, menosprezado pela segunda esposa e cheio de culpa pelo tratamento que dispensara a Sarina, se torna um alcoolista. Claro que, com o trabalho perigoso que tinha, o alcoolismo cobrou um preço de Colby — um braço.
O reencontro de ambos se dá depois que Colby encontra e ofende uma guria de aparência hispânica que sabia o que não devia e ele descobre que ela era filha de Sarina. Óbvio que o ciclo de maldades contra uma menininha fofa de seis anos não pára, até que ele estende a bandeira branca da paz para a guria e promete proteger a mãe dela após uma visão que a guria teve. Mas Sarina não era fácil como Colby esperava — ela crescera e virara gente, em nada lembrando a adolescente burra que o seguia pela casa do pai milionário e totalmente ignorante do trabalho de Colby como mercenário — aliás, ele também era ignorante do trabalho dela.
Pois bem, além de ignorar a identidade da filha de Sarina, Colby também ignorava a importância que o zelador mexicano quero-ser-mais-que-amigo Rodrigo era mais do que aparentava. E apesar dos esforços de Sarina em mantê-lo longe, havia algo naquela investigação sobre drogas que o fazia querer protegê-la... Porque ela, bem, ela era dele.
Depois de despejar um veneninho aqui no começo da semana, eu finalmente terminei Forasteiro. Pelo menos, a versão da Harlequin. E repito o que eu disse sobre Whitney, meu Amor: eu era muito complacente quando era mais nova — e essa frase me faz parecer uma velha caquética, não é?
Bem, quando eu li Rosa de Papel, me apaixonei pelo Colby. Ele era como aquele mocinho vítima de lobotomia que realmente estava pagando por todos os pecados — os que cometeu, que cometia e ainda tinha que cometer. Pensem bem: o cara foi um grande FDP com a primeira esposa (apesar de a gente não saber o que ele fez) e foi abandonado pela outra esposa, virando um viciado irresponsável e com um desejo de morte que perdeu um membro superior por acidente e teve que pagar caro. Carma? Enfim. Muita terapia depois, ele está bem quando encontra a primeira esposa, aquela que foi cruelmente desprezada e teve um pequeno problema — de 4 pontos — durante a relação sexual (talvez ela seja parente de uma das mulheres Ballenger).
A descoberta de que Sarina mudara o espanta, mas não tanto quanto a mudança dele espanta Sarina. Ela tinha um trabalho mais sério e perigoso do que parecia e virara um caso de caridade por se recusar a colocar o pai da filha na justiça e exigir pensão — sim, porque salvar o orgulho é mais importante que dar moradia decente para a criança, certo, Diana Palmer? *veneno escorre pelos cantos da boca*
Então, o que saiu errado? A resposta é simples: TUDO.
Colby é um idiota frio e insensível que maltrata criancinhas e esposas adolescentes, se acha o rei da cocada preta e só faz m(*). Além disso, ele é um “ex”-várias coisas: ex-marido, ex-mercenário, ex-agente secreto, ex-alcoolista, ex-homem. Sarina é uma tola, mas tem mais fibra que a maioria das mocinhas de Diana Palmer, apesar de eu ainda ter querido entrar no livro e dar umas bifas na cara dela para ver se a criatura consertava e raciocinava decentemente. Bernadette é adorável, mas a mania dela de falar coisas que não devia — e ela era bem inteligente para saber que não devia fazer isso me espantou — simplesmente me deixou irritada, sem contar que a conexão mental com o papai foi a gota d’água para que eu ficasse muito assustada com a guria, como se ela fosse uma menininha estranha de filme de terror. E Rodrigo — sim, aquele mesmo de O Último Mercenário e protagonista do lixo Coragem —, o amigo estepe, conquistou meu coração para logo despedaçá-lo quando ganhou um livro próprio — o que faz os coadjuvantes de Diana Palmer virar verdadeiros idiotas ao se tornarem protagonistas?
Então, o mocinho é um idiota abusivo que se acha o todo-poderoso, mas não passa de um verme nojento que não sabe o que respeito. Sarina, por incrível que pareça, se tornou uma mulher forte que era bem consciente das escolhas erradas e certas que fez ao longo da vida, mas vivia a realidade. Aliás, ela fez uma ótima escolha — ainda que errada — em deixar o babaca do Rodrigo para ficar com o Colby. Analisando friamente, Rodrigo a idolatrava, e isso era bom, mas ela não o amava e o homem se mostrou um asno. *revira os olhos*
Há bons momentos? Mas é claro. Me lembro de três, em que três bons protagonistas de tia Diana Palmeirão aparecem e salvam o dia: Micah Steele (O Último Mercenário), Cy Parks (Uma Mulher para Amar) e Cash Grier (Renegado). Sem contar que o melhor amigo do Colby é Hunter, protagonista de Deusa Proibida, que eu ainda não li. E claro, a mocinha de Deusa Proibida é a melhor amiga de Sarina, e eu imagino os dois casais tentando casar os pimpolhos quando eles forem mais velhos *medo eterno* E meu amado — o super hiper mega ultra über power mocinho de Diana Palmer —, Eric “Dutch” van Meer (Uma Estranha ao meu Lado) é mencionado, assim como J. D. Brettman (Lobo Solitário), o idiota Diego Laremos (Desejo Proibido) e alguns outros mercenários.
Sem contar que Alexander Cobb (O Senhor da Paixão) também aparece em um caso esquisito com Jodie Clayburn, e ele parecia tudão. Mas fazer o quê, esse aí é outro protagonista típico de Diana Palmer e só merece ser forçado a beber doses homeopáticas de cicuta seguidas por uma tortura muito dolorosa...
Isso quer dizer que o livro é ruim? Não, mas quer dizer que já li coisa melhor. ;)
Por fim, um conselho: Diana Palmer, tire umas férias. Divirta-se. Leia sobre a liberação feminina. Conheça homens de verdade em vez desses idiotas. E só depois volte a escrever.
3 comentários:
Ah.... eu gostei do Colby..... (novidade, né?! rs...)
E jura que vc ainda não leu o livro do Hunter???
Ele tb é um ogrinho, mas adivinha? Sou apaixonada por esse livro tb, hehe!!!
Bjnhs!!!
=)
Cunhada!
Acho que faço parte das complacentes...rsrs.
Eu tb dei meus pontos vermelhos pro Colby... mas no final das contas ele acabou ganhando um 9, no final das contas.
Enfim... de todos os mocinhos eu ainda prefiro o J.D.
Suelen: *MEDO MUITO MEDO* kkkkkkkkkkkkkkkkk
Cunhadinha, eu gosto do Colby. Como coadjuvante. Afff, tô por aqui com homem idiota. Mas reconheço que ele não é nem de longe o pior que tia Diana Palmer escreveu - tem coisa pior. E meu mocinho preferido é o Dutch. *suspira* Queria que ele e a Dani aparecessem mais.
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