segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

De repente pai - Michele Reid

Postado por Mara às 2/15/2010 10:42:00 PM
De Repente Pai
Nicolas Santino não consegue aceitar que Lia seja sua filha.
Acredita que Sara sua mulher, o tenha traído com outro homem e que Lia seja a prova da traição.
Por isso Sara e Nicolas se separam, até que um acontecimento forçou o reencontro: Lia foi seqüestrada!
Nicolas sabe que é o único que pode recuperar a criança viva, mas isso significa voltar para Sara... E descobrir que, mesmo após três longos anos, ela ainda usa a aliança...
Meu Comentário:
É o clássico amor sabotado que apesar de sufocado pela intensidade dos sentimentos, sobrevive ao tempo e às traições.
Um amor forte o suficiente para perdoar, esquecer e recomeçar quantas vezes se fizerem necessárias.
A esse quadro denso, soma-se o fato de ter uma criança inocente envolvida e um sogro que é terrivelmente maquiavélico.
No começo do romance entre Sara e Nic eles se esbarram na rua em meio a chuva e Nic deixa a carteira cair e Sara corre até ele para devolver. Nic então se apaixona à primeira vista
Detalhe lindíssimo para a cena abaixo quase nos momentos finais do livro:

Sara caminhava sozinha na praia, como vinha fazendo nas últimas tristes semanas. O tempo tornara-se frio e o céu, carregado.

Eram intermináveis e vazios os dias sem Nicolas, sem sua força, sem seu calor na cama, sem seus beijos, sem suas estonteantes carícias, sem...

De que adiantavam se torturar? Mas que fazer, se a saudade que sentia era crônica? Alfredo estava certo. Não podia condenar Nic sem ouvi-lo.

__ Nic... __ Sara murmurou para o mar cinzento e frio. __ Oh, Nic...

Começou a chover. Ela correu para a casa e, ao chegar ao último degrau, ensopada, não viu Nicolas. Como aconteceu no primeiro encontro, deu um encontrão nele.

__ Deixe a carteira cair novamente... __ murmurou Sara, emocionada.

Ambos ficaram parados durante intermináveis segundos. Nicolas respirou fundo e seu corpo estremeceu.

__ Venha __ sussurrou, envolvendo-a. __ Vamos sair da chuva. __ Levou-a para o banheiro da suíte. __ Tire essas roupas molhadas __ disse, entregando-lhe uma toalha. __ Enxugue-se.

__ Está bem.

Nicolas foi até o closet e retornou com o robe branco de Sara. Envolvida na grande toalha, ela tremia; não porque estivesse com frio, mas chocada com a própria ousadia. Ainda não conseguia fitá-lo. Ele não disse nada, apenas entregou-lhe a peça e esperou que a vestisse. Em seguida apareceu com um secador de cabelos.

__ Deixe comigo __ pediu. __ Jogue seus cabelos para a frente.

Sara obedeceu. Estava atordoada demais para argumentar. Quando o ouviu desligar o aparelho, ainda se sentia uma ingênua. O que poderia dizer depois da tola insinuação? Do tolo pedido para que ele deixasse mais uma vez a carteira cair?

Mas a verdade foi que, naquele momento, algo tocou-lhe os pés. Era a carteira de Nicolas. Sara se abaixou e deliciou-se ao tocar o acessório de couro com dedos trêmulos. Ele a entendera! A carteira era lenço branco da paz!

Viu-o parado ao lado da cama, de costas, a cabeça baixa, os ombros caídos, as mãos nos bolsos. Sentiu as pernas fracas.

__ Com licença. __ Estendeu a carteira, a mão insegura. __ Por acaso deixou cair isto?

Ele voltou-se, as mãos ainda nos bolsos, os olhos baixos. Simplesmente ficou parado, olhando para a carteira de couro preto. Sara engoliu em seco, os olhos lacrimejantes.

__ Nic?

Ele ergueu os olhos, tão sombrios que pareciam ter perdido a cor.

__ Sabe o que fez comigo naquele primeiro dia? __ indagou, a voz rouca.

Ela meneou a cabeça, confirmando, os lábios trêmulos. Amor à primeira vista, ele dissera. Paixão instantânea.

__ Aconteceu o mesmo comigo __ ela sussurrou.

Nicolas respirou fundo, o corpo trêmulo.

__ Bem, aquilo não se compara ao que estou sentindo agora. Consegue entender?

Ela meneou a cabeça novamente.

__ Pegue a carteira, Nic. Por favor.

__ Primeiro preciso de seu perdão. Foi por isso que voltei. Não importa a decisão que tome a nosso respeito, preciso de seu perdão.

__ Já tem meu perdão __ ela respondeu com sinceridade. __ Preciso apenas que pegue a carteira.

Nicolas respirou fundo mais uma vez e, por fim, obedeceu. Pegou a peça de couro e jogou-a sobre a cama, para abraçar Sara.

Essa cena é de tirar o fôlego, Michele Reid realmente estava inspirada quando a escreveu.
Pra mim é um livro nota 10.
Fininho que satisfaz e se torna inesquecível.
bjos
Lady d'Arques

2 comentários:

Lariane on 15 de fevereiro de 2010 às 23:13 disse...

q vontade de o reler

Mara on 15 de fevereiro de 2010 às 23:56 disse...

Realmente Lari... vale pena... ler ... reler... treler...rsrs

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