Inglaterra, 1812
Coração seduzido
Jane Fitzsimmons nunca lamentou ter nascido mulher... até que o estaleiro da família, que ela administrava, foi cruelmente arrebatado de suas mãos pelo pai insensível. Para resgatar seu sonho, Jane teria de se casar. Somente então, com a permissão do marido, ela poderia reassumir a direção da empresa. O problema era que o único pretendente que fazia seu coração palpitar era um homem sem escrúpulos...
O irresistivelmente atraente Phillip Wessington procurava o dote de uma esposa, sem precisar se casar. Embora fosse cínico e desconfiado, ele não podia negar o desejo que Jane lhe despertava, nem a conveniência de um casamento arranjado. Mas um homem que sofrera por amor não se emendava com facilidade, nem mesmo sob a influência de uma mulher carinhosa e desejável. A menos que ele estivesse disposto a esquecer o passado e seguir a voz do coração...
Meu Comentário:
Eu admito que tinha um certo preconceito com os livros da Cheryl, porque ela é aclamada como uma autora de cenas hots e eu achei que a estória se perderia.
E quando li “A Poção do Amor” odiei o mocinho e suas atitudes.
Mas felizmente em “Apenas Uma mulher” eu me enganei, os personagens são seres humanos normais, com defeitos bem realistas e mexem com nossa sensibilidade tornando impossível não se apaixonar e por fim perdoar, pois afinal não existe ninguém perfeito.
Eu fiquei chocada, pois ele negociou a venda em casamento da filha que ainda nem completara 12 anos para um amigo dele que é pervertido sexual.
Só o fato de ser amigo de um indivíduo desses já é terrível, agora negociar a menina “É o fim”.
No momento que li essa cena pensei: “Ele vai ter que ser muito bom pra me fazer perdoá-lo”.
O fato de ele desconfiar que a menina não era filha dele não justificou pra mim tamanha crueldade.
A Jane também me deixou chocada, pois faltou muito pouco para ela ter um caso com o cunhado. Sim, infidelidade em família, e ela só não o deixou consumar a relação nem sei como, e ainda pretendia depois de casada se tornar amante do cunhado.
O casal não é nenhum poço de virtudes e nada tem de convencional.
A história nos envolve de tal forma, que cada momento é uma emoção mais forte que a anterior.
A participação da Emily, a filha de 11 anos rejeitada pelo conde é, determinante para os rumos da trama.
Jane e Philiph amadurecem em meio às decepções, perdas e boa dose de perdão.
O irônico é que quando o Conde finalmente se emenda, porque ele sinceramente é um devasso, inconseqüente e desleal em boa parte da história, ele é julgado e culpado, por conta de uma armação em que é totalmente inocente.
Se a obra fosse filmada, com certeza Emily seria indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por sua força e determinação. Ainda seria indicada para a continuação da saga, com estória própria.
Emily sofre uma tentativa de estupro, e amadurece de forma cruel e com um grande trauma.
E o mais surpreendente é que o fato do pai de Emily cometer um assassinato à sangue frio, melhorou muito a sua imagem comigo, e foi como ponte de acesso para voltar a merecer a aprovação e o amor da própria Jane e sua filha Emily.
Enfim, Nota 10
“Um livro inesquecível!”
Bjos
Lady d'Arques
1 comentários:
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